terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Homens de saia, cerveja quente e bon jour!


Em 2006 arrumei um emprego que me mandou fazer um curso de um mês na Escócia. Aí eu pensei: me dei bem... vou pra Europa de patrão!!! (tolo...) Eu nunca tinha atravessado o Atlântico (nem nenhum outro oceano... acho que na verdade nem a lagoa de Araruama!) e tinha bastante expectativa em saber como era o lado de lá.

Chegando lá, na cidade de Aberdeen, vi que as coisas são parecidas (tirando o que é diferente...) mas os carros andam do lado errado da rua e o banco do motorista fica no lado errado dos carros, mas os escoceses acham isso certo... 
Lá conheci uma galera gente boa toda vida, o povo do curso que fui fazer. Era cada um de um país diferente: Itália, França, Polônia, Romênia, Alemanha, Noruega, EUA. Mas nos entendíamos muito bem usando o idioma universal (beer!). 
Como eu estava fazendo um curso (com aulas aos sábados e provas quase todos os dias) não dava muito tempo pra conhecer o lugar, mas mesmo assim a gente aproveitava (já na cidade de Dundee). 

Jogamos uma pelada com os garçons do hotel. Era Escócia x Resto do Mundo... Ganhamos de 7 a 4! Porém o mais legal de tudo foi descobrir como eu sou bom de bola (eita ferro!). Quando todo mundo dá de canela e você consegue usar os pés, você é rei! Obrigado Charles Miller! 

Uma das coisas importantes numa viagem (acredito que muitos pensem igual) é tentar viver o cotidiano local, compartilhar alguns hábitos e a gastronomia. Por isso a gente bebia muito whisky e cerveja... Lá, whisky é mais barato que cerveja (na verdade chopp), mas os dois são vendidos em libras (então fica caro pra cacete!). 

Escoceses são um povo legal, mas mais frios e tal, sem nosso jogo de cintura, então o whisky lá vendido não tem choro... E sua cara de cachorro pidão quando eles servem seu copo não exerce nenhuma influência. Já o chopp é vendido em paints (um copão de 500 ml), mas tem dois poréns: não é estupidamente gelado (e 500ml esquentam com mais facilidade ainda) e vem sem colarinho! 

Não há uma maneira muito eficiente de resolver o problema da temperatura (cerva na temperatura ambiente no inverno, tá beleza, mas no verão, que era meu caso, fica meio quente). O que eu fazia era pedir sempre o mais gelado. Na maioria das vezes era Guiness Cold (porque será?!). Já a questão do colarinho é mais fácil (porra nenhuma!). Assim como no Brasil, é só pedir o seu chopp com colarinho, simples! Mas como se fala colarinho em inglês??? Tentei de todas as formas possíveis. Um barman chegou a dar um jato de coca no meu chopp, achando que era isso o que eu queria!!! (maldito!) A única vez que consegui tomar meu chopp com colarinho foi quando tomei o copo da mão da garçonete, quando ela estava tirando o chopp (Eles lá tiram o chopp normalmente, assim como fazemos aqui, com colarinho. Mas depois, jogam o colarinho fora e enchem o copo de novo até ficar sem nenhuma espuma. Foi numa dessas, antes de ela jogar a espuma fora, que eu agarrei o copo e levei embora!).



   
Carros escoceses do lado errado da rua

  
Olaf (Polônia), Andrei (Romênia), Jamil (França), Giuseppe (Itália) e eu

 
 Mar do Norte

  
Escocês de saia

   
A caminho de Dundee. Andrei, Jamil. Hannah (EUA), Olaf e Giuseppe

 
Mais um homem de saia

   
 Grande selecão mudial! Em pé: Andrei (Romênia), Jamil (França) e Haward (Noruega). Agachados: Vidar (Noruega), Giuseppe (Itália) e Daniel (Brasil)

 
Estudando pras provas

   
Castelinho escocês

   
Mais uma do castelo


Quando o curso acabou, pude passar uns dias na França (Paris) antes de começar a trabalhar. Na verdade me mandaram para lá para uma reunião. Como eu não fazia idéia de como seria e quanto tempo levaria essa reunião, a princípio só teria um dia para conhecer Paris. 

No dia que cheguei (sábado), estava bem cansado e preferi dar somente umas voltas por perto do hotel. Eu não fazia idéia que faz tanto calor na Europa. Chinelo, short e sem camisa!

Acordei no domingão (dia de passear) e fui pra rua. Fui logo à Torre Eiffel pra ver o visual lá de cima. Chegando lá havia duas filas: uma pequena e outra grande. Na fila pequena uma placa dizia 3 euros – subir de escada, na grande, 25 euros – subir de elevador. Meus pés caminharam naturalmente para a fila pequena (3 euros)! Eu nem gosto tanto assim de elevador...
Depois da torre, fui para uma coisa armada de vôlei. Eu não sabia direito o que era, mas fui lá ver. Era uma etapa do mundial de vôlei de praia (praia... em Paris?!?!). Saí andando lá pelo meio daqueles lances e quando subi uma escada percebi que estava na área de imprensa e atletas (todos carregavam credenciais, menos eu). Daria pra ficar lá sentado assistindo aos jogos, afinal ninguém veio me pedir nada, mas eu queria conhecer mais um pouco da cidade e só teria esse dia para tal (a princípio). Na saída, vi um segurança numa entrada que quando eu passei não tinha ninguém (burlei a segurança francesa!!!). 

O resto do dia, passeei pelos pontos famosos da cidade. Tentei também ver coisas legais de esportes, então fui no Roland Garros e no estádio Parc des Princes, mas os dois estavam fechados... 

Ainda tive mais um tempinho além de domingo pra passear, então fui conhecer a basílica de Sacré Coeur (a igreja e o lugar onde fica são lindos e ainda tem um belo visual da cidade de Paris) e depois fui embora porque tinha que pegar meu vôo para a próxima parada: Angola.



   
 Torre Eiffel

  
Volei de praia em Paris...

  
Basílica de Sacre Coeur

  
Visual desde a Basílica

2 comentários:

  1. Pra vc eu só tenho um comentário: BEE-SHONA INTERNACIONAL !!!

    Bjundas,
    BVB

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  2. gostei ! vim a partir do mochileiros.com .. tb adoro viajar, mas ainda é tão dificil !! ($$)

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